REFORMA LUTERANA
“A justiça de Deus se revela no evangelho de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Rm 1.17)

A origem da Reforma, porém, é muito anterior a esta manifestação pública de Martinho Lutero. Ela se encontra escondida atrás dos muros do convento, naquelas difíceis lutas de natureza íntima que o monge agostiniano Martinho Lutero, na quietude de seu quarto conventual, manteve quase que desesperadamente à procura de resposta para sua pergunta: “Como poderei Ter um Deus misericordioso e amoroso? Estarei eu para sempre condenado?”
A Igreja da época destacava em seu ensino que as boas obras eram necessárias para a salvação do pecador. Pregava-se que o homem, com méritos e sacrifícios próprios, poderia agradar a Deus e achegar-se dele. Isto o reformador Lutero não podia aceitar como correto, pois a Bíblia lhe revelava que em si mesmo, o homem não tem nada que possa agradar a Deus, porque é pecador, espiritualmente cego, morto e inimigo de Deus.
Estudando a Bíblia, Lutero se convenceu de que o homem é salvo e declarado justo, única e exclusivamente pela fé que aceita Jesus como seu Salvador. A base bíblica para isso está em Rm 1.17, onde está escrito: “o justo viverá por fé”. As obras vem como resultado, ou como frutos da fé.
Convencido disso, Martinho Lutero confessa que começou a compreender que a justiça de Deus lhe era concedida pela fé que é um presente do próprio Deus. Ele também compreendeu que o evangelho revela esta justiça do misericordioso Deus, pela qual ele nos torna justos. Assim conclui Lutero, “eu senti que estava totalmente regenerado e que eu mesmo tinha entrado pelas portas abertas do paraíso”.
Por isso, a grande mensagem da Reforma é esta: nós somos salvos somente pela fé em Cristo, pela Graça de Deus.
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